Fundador do Coletivo LGBTI+ Flores do Sisal é morto a tiros

Reprodução Infoserrinha e Região

Lucas Cruz de Jesus, de 33 anos, conhecido como “Duduka”, foi morto a tiros dentro da casa onde morava, na madrugada desta sexta-feira (20), no bairro Vista Alegre, em Serrinha. Lucas era militante do movimento LGBTI+ Flores do Sisal, coletivo social que atua na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+.

De acordo com informações apuradas pela reportagem do PCS, uma guarnição da Companhia de Emprego Tático Operacional (CETO) foi acionada por volta de 1h50 para prestar apoio ao SAMU após a denúncia de um homicídio na Rua Santa Clara. Ao chegarem ao local, os profissionais de saúde constataram que a vítima já não apresentava sinais vitais.

Após a confirmação do óbito, o fato foi imediatamente comunicado ao CICOM (Centro Integrado de Comunicações), que acionou a Polícia Civil e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para investigar o caso.

Reprodução PCS

Ainda de acordo com informações, o crime teria sido praticado por homens que chegaram em um carro. Vizinhos ouvidos pela reportagem disseram ter ouvido gritos de socorro e, logo em seguida, o barulho dos disparos. Duduka foi atingido na cabeça e no tórax.

O coletivo LGBTI+ Flores do Sisal emitiu nota de pesar e indignação em que pede “justiça” e “punição” aos assassinos dele, que não haviam sido identificados até a última atualização desta reportagem.

É com profunda tristeza e revolta que o Coletivo LGBTI+ Flores do Sisal comunica o brutal assassinato de Lucas Cruz, carinhosamente conhecido como Duduka, um dos fundadores do nosso movimento. Duduka foi covardemente tirado de nós a tiros, de forma cruel e desumana.

Lucas não era apenas um militante; ele era um símbolo de luta, resistência e amor por um mundo mais justo para a comunidade LGBTI+. Sua trajetória sempre foi marcada pela coragem e pelo compromisso em defender os direitos e a dignidade das pessoas LGBTQIA+, mesmo diante de desafios imensos.


Neste momento de dor, exigimos justiça! Não aceitaremos que mais uma vida seja silenciada pelo ódio e pela intolerância. A violência que tirou Duduka de nós é um reflexo do preconceito estrutural que a nossa comunidade enfrenta diariamente, e seguiremos lutando para que crimes como este não fiquem impunes.

Que a memória de Duduka seja um farol que nos guie em nossa luta por igualdade e respeito. Que sua história de coragem inspire a todos nós a continuarmos firmes, mesmo em meio à adversidade.

Aos familiares e amigos, o Coletivo Flores do Sisal expressa nossa solidariedade e apoio incondicional. Duduka, você viverá para sempre em nossas memórias e em cada passo que dermos em busca de um mundo mais inclusivo”.

CN | Fonte: PCS

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