Jerônimo questiona ‘sumiço’ de ACM Neto após prisão de correligionários alvos da PF

Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) questionou nesta segunda-feira (16) o que chamou de “sumiço” do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) diante da prisão de correligionários em operação da Polícia Federal que apura desvios de R$ 1,4 bilhão em contratos públicos.

Entre os alvos da ação estão o vereador eleito de Campo Formoso, Francisquinho Nascimento (União Brasil), primo do deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil), o empresário Marcos Moura, o “rei do lixo, apontado pela PF como um dos líderes de uma organização criminosa e integrante da cúpula do partido, e Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, que ocupava um cargo comissionado na gestão Bruno Reis (União Brasil).

“O ex-prefeito está fugindo do debate sobre o que aconteceu com o amigo dele. Eu vi ele sumindo das redes. O próprio jornal dele sumiu. O jornaleco sumiu. O jornaleco não entrevistou ele. Eu quero que o jornal entreviste ele. Quem tem que falar é ele da fuga”, declarou Jerônimo em conversa com jornalistas em visita ao início das obras do VLT de Salvador.

“Quando você tiver essa resposta da fuga, eu também quero saber, eu tô louco. Porque me irrita muito quando eu vejo as pessoas desviarem dinheiro público. Vem pra minha pele”, acrescentou o governador.

Francisquinho Nascimento é suspeito de receber propina para favorecer empresários em contratos com a Prefeitura de Campo Formoso, comandada hoje por Elmo Nascimento (União Brasil, irmão de Elmar) —ambos não figuram na investigação.

De acordo com a PF, Marcos Moura lidera uma organização criminosa que desviava emendas parlamentares destinadas ao Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) e prefeituras. O esquema, conforme as investigações, ocorria por meio de licitações fraudulentas e superfaturadas.

Flávio Henrique de Lacerda Pimenta, então diretor-geral da Direção Administrativa da Smed (Secretaria Municipal de Educação), foi exonerado no mesmo dia em que foi preso.

Ele é suspeito de crimes como fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Duranta as diligências, investigadores apreenderam R$ 700 mil em espécie na casa em que ele foi detido, em Salvador.

Em entrevista, o prefeito Bruno Reis afirmou confiar em sua minha equipe de governo. “Não tenho preocupação nenhuma. E quem porventura cometer alguma irregularidade, quem sofre as consequências. A gente não vai passar a mão na cabeça de ninguém, mas estamos completamente tranquilos.”

Fonte: Bahia. Ba

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