Mãe denuncia suposto preconceito ao tentar matricular filho autista em escola de Lauro de Freitas


Verônica afirma que a escola não aceitou a matrícula, mas havia vagas disponíveis para outras crianças |Reprodução | Redes Sociais e Google Maps

Uma jovem de 24 anos, identificada como Verônica Sena, utilizou as redes sociais, na tarde desta terça-feira (15), para relatar um suposto caso de preconceito sofrido pelo filho Arthur, de apenas dois anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA).

De acordo com o relato da mãe, a escola Kidsland, localizada no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), teria negado vaga para matrícula da criança em decorrência da condição atípica.

"Pensei muito antes de expor isso aqui. Não estou aqui para falar mal da instituição, que inclusive eu amei e queria muito que meu filho pudesse ser aceito, porque foi um ambiente que me senti realizada. Mas infelizmente estamos lidando com uma situação de preconceito. Quando a gente recebe o diagnóstico de TEA, a gente sabe que não iremos apenas lidar com as terapias, mas com toda uma sociedade que critica e vai olhar estranho", iniciou a jovem em suas redes sociais.

Verônica contou que entrou em contato com a escola para matricular o filho e, logo de cara, teria sentido um desconforto com relação as respostas através do Whatsapp, mas que chegou a visitar o local. Após uma demora de obter resposta quanto a disponibilidade, ela relatou que foi informada que não haviam mais vagas.

"Pedi a uma amiga que entrasse em contato com a escola pelo Whatsapp, se passando por uma mãe interessada. Para minha surpresa, no mesmo dia, ela foi informada que havia, sim, vaga", escreveu a mãe em um story no Instagram.

 Através das redes sociais, diversas pessoas se solidarizaram com a situação de Verônica. Uma delas foi a influenciadora Monique Borges, esposa do humorista baiano Dum Ice, que utilizou suas redes para prestar solidariedade à mãe e disse que a postura da escola seria criminosa.


O BNews entrou em contato com a Kidsland, com a finalidade de buscar um posicionamento referente às denúncias. Por meio de nota (confira na íntegra abaixo), a instituição reforçou seu compromisso "com a inclusão, a igualdade e o acolhimento" e negou que tivesse negado vagas.

"Com relação à situação mencionada, gostaríamos de esclarecer que a mensagem enviada pela nossa equipe informou que havia disponibilidade no formato de aulas no período vespertino com atividades extracurriculares, logo, não negamos vaga", escreveu a Kidsland.

Leia a nota na íntegra:

"A Escola Kidsland Villas reafirma seu compromisso com a inclusão, a igualdade e o acolhimento, valores que norteiam nossa missão de oferecer um ambiente educacional seguro e respeitoso, onde todas as crianças possam desenvolver plenamente suas potencialidades.

Com relação à situação mencionada, gostaríamos de esclarecer que a mensagem enviada pela nossa equipe informou que havia disponibilidade no formato de aulas no período vespertino com atividades extracurriculares, logo, não negamos vaga.

Com relação a informação dada a outra família mencionada pela mãe da criança, informamos que houve um erro de comunicação, pois não recebemos nenhuma visita em busca de vaga para o integral.

Ressaltamos que os detalhes completos sobre os formatos de matrícula e as condições de vagas são apresentados durante a visita presencial, momento em que os responsáveis podem conhecer nossa estrutura, dialogar com a equipe pedagógica e esclarecer quaisquer dúvidas diretamente.

Lamentamos profundamente o desconforto causado. Gostaríamos de reforçar nosso compromisso com a inclusão, o diálogo e o cuidado com todas as famílias que confiam na Kidsland Vilas.

Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e reafirmamos nosso compromisso com um ambiente educacional inclusivo, acolhedor e de qualidade."

Fonte: BNews

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