Médico peruano do Samu de Salvador é denunciado por violência físicas contra 6 ex-companheiras

Foto: Reprodução TV Bahia

O médico peruano Luís Gonzalo Velarde Acosta, de 38 anos, que atuou no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), foi denunciado por agressão física, psicológica, patrimonial e virtual, por 6 profissionais de saúde, que se relacionaram com o suspeito nos últimos 10 anos.

As vítimas da violência são quatro médicas e duas enfermeiras, com idades entre 28 e 37 anos. Os relacionamentos duraram entre um e dois anos. Algumas dessas mulheres não moram mais na Bahia.

Outras informações chegadas ao Bahia Notícias, indicaram que o peruano assediava colegas, incluindo estudantes de medicina, que estavam no serviço na fase de internato. Além disso, ele teria descumprido a medida protetiva contra uma das mulheres agredidas.

Segundo reportagem da TV Bahia, uma das vítimas afirmou que foi agredida no rosto pelo suspeito, além de ter roupas rasgadas e ter sido trancadas no apartamento do médico quando ele teve um ataque de ciúmes.

"A gente ia no apartamento dele para pegar alguma coisa, ele me trancava e depois de muito tempo ele abria a porta. Rasgava minhas roupas, puxava meu cabelo e batia no meu rosto", contou a mulher que preferiu não revelar a identidade.

Outra mulher agredida contou que o peruano chegou a jogar as roupas dela na escada do prédio onde ele mora, porque não queria que ela “assistisse televisão”. A denunciante chegou a ser agredida pelo homem.

"Ele se aborreceu porque eu liguei a televisão, segundo ele o volume estava alto, e pegou todas as minhas roupas e jogou na escada do prédio. Disse para eu ir embora e chegou a me empurrar", disse a mulher, que também não teve a identidade revelada.

As antigas companheiras apontaram que o médico se transformava e mudava de personalidade, quando não estava em um ambiente público.

"Entre quatro paredes, ele se transformava", descreveu um dos relatos.

Conforme a TV Bahia, cerca de três mulheres pediram à Justiça uma medida protetiva contra o agressor. Uma profissional que se relacionou com o peruano, chegou a sair do serviço por medo de trabalhar com Gonzalo.

Após as denúncias, Luís foi afastado por 3 meses pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável pelo serviço na capital baiana. Além disso, a Procuradoria Geral do Município analisou as denúncias contra o profissional, e sugeriu à chefia médica do Samu o cumprimento das medidas protetivas no serviço, para evitar contato com as vítimas.

Com medo de sofrer repúdios, as profissionais encaminharam um manifesto para a SMS pedindo que medidas sejam tomadas

"Solicitamos o afastamento do profissional, em consonância às medidas protetivas, de forma preventiva, até que se tenha processo em transitado e julgado", diz ainda parte do documento.

Em nota enviada a TV Bahia, a SMS reforçou a decisão de afastamento do profissional, reforçou o afastamento do médico após receber as denúncias.

Já sobre o retorno do peruano ao serviço, o órgão afirmou que respeita o exercício da ampla defesa do contraditório, uma vez que ainda vai ocorrer o julgamento e a finalização da investigação, mas destacou que o que segue válido é o afastamento do profissional.

A defesa de Luís Gonzalo disse que as denúncias seriam mentirosas e feitas para manchar a imagem do cliente, conforme a TV Bahia.

Fonte: Bahia Noticias

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