Vídeo: câmeras corporais de PMs revelam morte de estudante de medicina

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Os vídeos com as gravações das câmeras corporais dos policiais militares envolvidos na morte do estudante Marco Aurélio Cárdenas, em 20 de novembro de 2024, chegaram ao conhecimento dos familiares da vítima, que assistiram, nesta sexta-feira (10/1), pela televisão, as imagens dos agentes que participaram da abordagem, ocorrida em um hotel na Vila Mariana, em São Paulo.

O médico Julio César Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio Cárdenas Acosta, lamentou a execução “covarde” de seu filho e disse estar vivendo “tempos de guerra da maldade, da criminalidade contra a nação, contra os inocentes”.

Julio relatou ao Metrópoles que não havia visto o vídeo das câmeras até esta sexta-feira. “Acabo de ver, pela televisão, como foi executado o meu filho, covardemente, e não foi socorrido por esse lixos desses soldados. Quero que saibam que eles merecem a pena de morte, pela lei”, lamentou o médico.

“O uso de arma de um militar contra os inocentes é crime”, acrescentou o pai do jovem em áudio.

O Metrópoles teve acesso ao material das câmeras corporais dos dois policiais militares envolvidos na ação.

No primeiro vídeo, é possível ver o soldado da PM Guilherme Augusto desembarcar do carro após o estudante dar um tapa no retrovisor da viatura. Ele corre atrás do rapaz, dá ordem para que ele pare. Marco Aurélio entra no hotel e fica encurralado. As imagens são fortes. O jovem tenta pegar a perna do outro PM e é alvejado por um disparo.

No segundo vídeo, vemos a câmera do soldado Prado, que está ao volante. Ele acompanha ainda dentro da viatura a perseguição do colega ao estudante. Em seguida, ele para a viatura e entra no hotel. Na sequência, ouve-se o disparo. Então, o policial sai e pede apoio. Depois, ele solicita uma unidade de resgate.

Veja imagens:

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Um relatório de investigação sobre a morte do estudante mostrou que o jovem, de 22 anos, foi encurralado pelos policiais militares antes de ser baleado pelo policial militar Guilherme Augusto Macedo. O documento, que mostra as imagens captadas pelas câmeras corporais acopladas às fardas dos agentes, afirma que as últimas palavras de Marco Aurélio teriam sido: “Tira a mão de mim”.
Pais do estudante criticam Tarcísio e Derrite

Em uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (8/1), os pais de Marco Aurélio criticaram a demora no fornecimento das imagens do crime, o que consideram acobertamento da ação e pediram a condenação de todos os envolvidos, inclusive superiores como o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O pai de Marco Aurélio, o médico Julio César Acosta Navarro, disse que vai lutar pela condenação de todos os responsáveis pelo crime, apontando inclusive o relatório como prova.“A PM fez um B.O. falso. Aqui [no relatório] estão todas as artimanhas”, disse o pai, entre outras coisas.

Fonte: Metrópoles

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