Geddel diz que ACM Neto não será candidato em 2026: “Não se submeterá a uma nova derrota”

Geddel critica a falta de coerência do União Brasil e aponta a fragilidade de ACM Neto no cenário político atual. | BNews


Durante entrevista à rádio Baiana FM nesta quarta-feira (9), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) comentou o cenário político para as eleições de 2026 na Bahia e fez uma avaliação contundente sobre a situação do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), principal nome da oposição no estado. Segundo Geddel, Neto não terá força política suficiente para disputar novamente o governo e, no máximo, poderá tentar uma vaga na Câmara dos Deputados.

“Ele não será candidato a governador. No máximo, voltará à vida pública como candidato a deputado federal. Ele não se submeterá a uma nova derrota, que pode significar uma marca profunda nos sonhos dele para o futuro”, afirmou Geddel.

O ex-ministro ainda destacou que Neto chega ao novo ciclo eleitoral mais fragilizado, sem alianças consistentes no plano nacional e com pouca influência no tabuleiro federal. “Mais frágil nacionalmente, ele não tem um candidato próprio, não tem uma aliança firmada. E aqui na Bahia, meu sentimento é que o governador Jerônimo (Jerônimo Rodrigues, do PT) está indo muito bem, com uma articulação política poderosa e qualidades pessoais”, avaliou.

Sobre os movimentos políticos do União Brasil, Geddel também criticou a falta de coerência do partido no cenário nacional. “Como é que você diz que é oposição ao governo Lula e tem três ministros no governo? É difícil de explicar”, provocou, ao citar o caso do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que pediu exoneração recentemente após denúncias do Ministério Público Federal.

Questionado sobre uma possível composição entre ACM Neto e João Roma (PL), Geddel afirmou que uma aliança não está descartada, mas avalia que Neto não liderará a chapa. “Ele poderia talvez fazer uma aliança, a depender do jogo nacional, e apoiar Roma. Mas não acredito que Bruno (Reis, atual prefeito de Salvador) entre nessa barca.”

Apesar das críticas, Geddel ressaltou que sua análise não tem tom pessoal. “Eu sei que isso às vezes irrita o ex-prefeito, mas é uma avaliação política que tenho o direito de fazer. Não faço crítica pessoal. Nunca mais encontrei com ele. Se encontrar, cumprimento no dia do aniversário.”


Fonte: BNews

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